Simonia é a venda de favores divinos, cargos eclesiásticos,
prosperidade material, bens espirituais, coisas sagradas, objetos ungidos,
etc., em troca de dinheiro.
É
o ato de pagar por sacramentos e consequentemente por cargos eclesiásticos ou
posições na hierarquia da igreja.
A
etimologia da palavra provém de Simão Mago, personagem referido nos Atos
dos Apóstolos:
“E Simão (MAGO), vendo
que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo, lhes ofereceu
dinheiro, dizendo:
Dai-me também a mim esse
poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo.
Mas disse-lhe Pedro: O
teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se
alcança por dinheiro.
Tu não tens parte nem
sorte nesta palavra, porque o teu coração não é reto diante de Deus.
Arrepende-te, pois,
dessa tua iniqüidade, e ora a Deus, para que porventura te seja perdoado o
pensamento do teu coração;
Pois vejo que estás em
fel de amargura, e em laço de iniqüidade.
Respondendo, porém,
Simão (MAGO), disse:
Orai vós por mim ao
Senhor, para que nada do que dissestes venha sobre mim. (At. 8:18-24)
Simão
Mago procurou comprar do Apóstolo Pedro o poder de transmitir pela
imposição das mãos o Espírito Santo ou de efetuar milagres.
O
Direito
Canônico Católico Romano também estipula como simonia atos que não
envolvem a compra de cargos, mas a transação de autoridade espiritual, como
dinheiro para confissões ou a venda de absolvições.
A
prática da simonia no final da Idade Média causou sérios problemas à
postura moral da Igreja Católica Romana.
A
prática de simonia foi uma das razões que levaram Martinho Lutero a
escrever as suas "95 Teses” e a rebelar-se contra a autoridade de Roma.
Hoje
a doutrina católica, pune com excomunhão Latae sententiae,
ou seja, automaticamente, a todo e qualquer ato de simonia, que alguns de seus
membros vierem a praticar.
A
Igreja da Inglaterra também se viu envolvida com a prática de simonia
mesmo após ter-se separado da Igreja Católica.
Atualmente,
a prática da simonia é muito frequente nos meios pentecostais e,
principalmente, nos neo-pentecostais, através da propagação da teologia
da prosperidade e a teologia da libertação que
comercializa objetos sincréticos como óleo ungido, água do Jordão e outros
objetos que dizem ter poderes divinos.
Mas
também encontra-se presente nas práticas católicas pela venda de amuletos, santinhos, imagens com promessas não
apenas de recordação pela visita aos lugares sacros, com a expectativa dos
devotos em adquirir algum favor divino.
OBS: Que todos aqueles
que tem praticado simonias ou coisas parecidas, fica aqui o mesmo conselho do
Apóstolo Pedro:
Arrepende-te, pois, dessa tua iniqüidade, e ora a Deus,
para que porventura te seja perdoado o pensamento (maldade) do teu coração!
Fonte
principal: Wikipédia a enciclopédia livre
